Natal da minha infância
Naquela data festiva
Natal cheio
de esperanças
Meu pai fazia seresta
Para alegrar as crianças
*
Naquela
família pobre
Presentes eram cadernos
Mimos? Somente pr’o nobre
Não havia mais alternos
*
Éramos muito felizes
Vivendo de brincadeira
As árvores de raízes
E brinquedo de madeira
*
A gangorra era um tonel,
Com uma tábua por cima
Brincadeira de anel
Adivinhas? Só com rima
*
Era assim, nosso Natal:
Sempre com muita alegria.
Cansados, já no final
Da noite de fantasia
*
E em cada sapatinho,
Colocado na janela,
Tava lá o caderninho
No sapato ou
na chinela
*
Nesses Natais de bonanças,
Arroz, cuxá
no jantar.
Sete filhos, bem crianças,
Alegres, sempre a cantar
(Rosário
Pinto)
Lindo poema. Retrata também minha infância . Era uma beleza ir para a casa de vocês. Sentia falta da minha mãe sempre que me ausentava de casa mas era muito gostoso brincar com vocês .
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